E mesmo com vontade de desaparecer, ela levantou-se. Levantou-se com o maior cuidado, para não cair e foder-se outra vez. Seguiu em frente, seguiu o caminho que achava certo. Mal sabia ela que, mais para a frente, ia encontrar pedras ainda maiores do que as anteriores. Mal imaginava que ia cair, que ia sofrer e foder-se mais uma vez…
Já me começo a farta disto sabes... Eu sei que ainda não passou muito tempo desde aquele dia, mas para mim, foi como se passa-se quatro meses. Nestas semanas descobri mais de ti do que tinha descoberto à quatro meses. Nunca pensei que fosses assim tão frio. É como se nunca te tivesse conhecido. Este novo tu, é tão diferente do que costumavas ser. Mudas-te. E mudas-te para pior, pelo menos para mim. Fartei-me. Não me vou continuar a lamentar mais por o que não deu certo, não deu, não deu, azar. Vai lá trocar-me que eu vou fazer o mesmo. Beijinhos para ti também.
"E além de tudo, cometi o erro de pensar que era para sempre. Não foi, e nunca vai ser. Começamos a seguir caminhos tão diferentes. Creio que nem te lembras do meu nome, e do que signifiquei na tua vida, se é que realmente signifiquei alguma coisa. Mas posso contar-te um segredo? Tenho a certeza que ainda não acabou."
"Passo o dia todo bem. Mas quando me deito na cama, a saudade vem e vem sem dó. Tento desviar os meus pensamentos, pensar noutras coisas. Tento ser forte e não chorar, mas a saudade dói. Começo a chorar em silêncio, a minha almofada é o meu único ombro nas madrugas longas e frias. Olho para o relógio, vejo que está tarde e é melhor eu ir dormir. Passo os dedos nos olhos para limpar as lágrimas, mas o meu único desejo é que as lágrimas ao irem embora, levem toda a minha dor e todas as minha lembranças. Nas madrugadas eu choro, mas todas as manhãs acordo a sorrir, porque te encontrei nos meus sonhos, e lá, és meu."
Fui dormir a pensar em ti. Acordei contigo na cabeça. Tentei distrair-me, mas tu estavas sempre lá. Ou melhor, aqui. Aqui preso em mim, contra a minha vontade. Estives-te sempre... Independente do momento, independente do quanto distante estávamos. Tu sempre estives-te aqui, e sempre foste a melhor parte de mim.
Eu queria um abraço teu agora (daqueles fortes que me costumavas dar), ou melhor, todos os dias. Era tão bom voltar a sentir os teus braços à volta de mim outra vez. Ver o teu sorriso ao vivo, e de perto (e saber que fui eu que o pus ali). Ouvir o teu riso (que já agora, eu adoro). Irritar-te (gostava tanto de te irritar). Ah, e morder-te, morder-te até tu dizeres "já chega!". Queria tanto voltar a ver-te. E queria mais que chegasses ao pé de mim, e me dissesses ao ouvido que me amas.
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